Uma vez,
Embaixo da cama de minha avó,
Achei uma caixinha azul de metal.
Ali, um vidrinho de perfume
em formato de coração,
um relógio de bolso dourado e fotografias.
De repente, uma voz:
"Peloco de vó, venha comer!"
De susto, ligeiro, a tranquei.
Vinte e sete anos se passaram.
Sensação outro dia de que perdi coisa minha
Lá dentro.
Descobri que peloco é filhote de pássaro.
E que, quando fechei a pequena caixa,
Esqueci dentro dela as minhas asinhas.
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